Crise desgasta governos e prenuncia novo ciclo de direita na América Latina
Governos de esquerda enfrentam crise de popularidade na América Latina, com eleitorado em busca de alternativas à direita. Eleições ameaçam consolidar um novo ciclo político favorável às oposições em países como Bolívia, Chile, Colômbia e Brasil.
Governos de esquerda e centro-esquerda na América Latina enfrentam baixos índices de aprovação e uma ameaça de retorno da direita.
Pesquisas para as próximas eleições na Bolívia, Chile e Argentina indicam uma tendência de vitória da direita em meio a um cenário econômico desfavorável.
A Bolívia apresenta um quadro crítico, com o colapso do Movimento ao Socialismo (MAS). O ex-presidente Evo Morales foi barrado judicialmente, e o atual presidente Luis Arce retirou sua candidatura devido à baixa popularidade.
Especialistas apontam um sentimento antigoverno na região, evidenciando que, desde a pandemia, a maioria dos governos em democracias tem perdido eleições.
No Chile, o presidente Gabriel Boric enfrenta dificuldades em atender as expectativas populares após a rejeição da nova Constituição. O próximo governo também tende a ser de direita, com candidatos como José Antonio Kast e Evelyn Matthei.
Para 2026, as eleições na Colômbia e Brasil estão sob risco semelhante, com a gestão de Gustavo Petro enfrentando desgaste, especialmente por questões de segurança pública.
A situação na Argentina é complexa, com o ultraliberal Javier Milei testando sua resiliência em eleições legislativas em outubro.
Segundo especialistas, o voto antigoverno não reflete necessariamente uma mudança ideológica, mas sim uma frustração aumentada da população com as promessas não cumpridas pelos governos.
Essa mudança de cenário ocorre após um período de entusiasmo político entre 2002 e 2014, que já não se repete.