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Crise do IOF amplia desgaste de Haddad com o Congresso, mas força alinhamento interno em torno do ministro

Fernando Haddad ganha apoio político após controvérsia do IOF, mas enfrenta desgaste com o Congresso. O governo busca enfatizar a justiça tributária enquanto se prepara para uma ação no STF sobre a derrubada da alíquota.

Alinhamento político do governo em torno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, surge após crise do IOF.

Com a derrocada das elevações no IOF pelo Congresso, o Palácio do Planalto busca unificar o discurso sobre justiça tributária e polarização social. Todos, incluindo os rivais de Haddad, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra Gleisi Hoffmann, estão agora a favor da taxação dos mais ricos.

A relação do ministro com o governo havia esmorecido desde novembro, quando apresentou um pacote fiscal e defendeu a estabilidade fiscal. Em janeiro, o novo ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, retrocedeu em medidas propostas por Haddad durante a crise do Pix.

Marcha atrás de Rui Costa e a escolha de Gleisi para a articulação política complicaram o cenário para Haddad. Entretanto, a crise recente levou a uma mudança de postura, com Haddad reforçando a importância da justiça tributária.

O ministro esclareceu que as novas taxações, como sobre Bets e fintechs, afetarão apenas os ricos. Apesar disso, a cúpula do Congresso vê suas falas como uma tentativa de rotulá-los como defensores de interesses dos milionários.

O governo irá judicializar a questão do IOF, buscando reafirmar seu controle sobre as alíquotas após a decisão do Congresso. A expectativa é que, apesar das tensões, haverá um retorno à normalidade nas relações com o Legislativo, com a aprovação de projetos importantes e planejadas conversas entre Lula e líderes do Congresso.

Estão na agenda recentes aprovações que possibilitam arrecadação significativa para o governo, o que poderá ajudar nas relações futuras.

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