Cristina Kirchner entra com recurso na Suprema Corte para anular condenação
Cristina Kirchner pede anulação de sentença que a condenou a seis anos de prisão por corrupção. Defesa argumenta sobre violações de garantias constitucionais e busca reverter a decisão antes das eleições.
Cristina Kirchner, ex-presidente argentina (2007-2015), entrou com uma queixa na Suprema Corte nesta segunda-feira, 31, para anular sua sentença de seis anos de prisão e proibição vitalícia de cargos públicos por administração fraudulenta durante seu mandato.
A equipe de defesa, liderada pelo advogado Carlos Beraldi, pediu a anulação da decisão e a absolvição das acusações. Este recurso foi apresentado após o Tribunal Federal de Cassação Criminal declarar inadmissível um pedido de revisão do caso em 21 de março.
No documento, Cristina alega violações de garantias constitucionais e graves arbitrariedades durante o julgamento. Caso a Suprema Corte mantenha a sentença, a ex-presidente poderá cumprir pena em prisão domiciliar, devido à sua idade (mais de 70 anos).
A defesa também solicitou o afastamento do juiz Manuel García-Mansilla, citando conflito de interesse por sua nomeação por Javier Milei, atual presidente, que, segundo Cristina, tenta interferir na decisão judicial.
A ex-presidente criticou Milei por suas declarações em que afirma que ela "vai para a cadeia", o que considera uma ingerência indevida no Judiciário. Se o Supremo aceitar as denúncias, o caso será encaminhado ao Ministério Público.
Em meio a um ano eleitoral e com especulações sobre sua candidatura na província de Buenos Aires, o momento da decisão do tribunal gera expectativas, mas não há prazo estipulado para a análise do recurso.