Crítico da atual obstrução, Alcolumbre ficou 7h na Mesa em 2019
Davi Alcolumbre critica protestos de apoiadores de Bolsonaro no Senado, lembrando sua própria manobra em 2019. A ocupação da Mesa Diretora e a reivindicação pela anistia de condenados são foco das tensões atuais no Congresso.
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), critica a ocupação da Mesa Diretora por congressistas da oposição.
Em 5 de agosto de 2025, durante protestos contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), Alcolumbre afirmou que se trata de um “exercício arbitrário das próprias razões”.
Alcolumbre, que ocupou a Mesa em fevereiro de 2019 por 7 horas, tentou garantir uma votação que favorecesse sua eleição contra Renan Calheiros (MDB-AL).
Atualmente, as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado são controladas por apoiadores de Bolsonaro, cuja prisão domiciliar foi decretada em 4 de agosto pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
No dia 6 de agosto, parte dos apoiadores de Bolsonaro se acorrentou na Mesa do Senado, dificultando votações e impactando comissões.
Líderes oposicionistas afirmam que o protesto persistirá até que o projeto de anistia dos condenados por 8 de Janeiro seja pautado e defendem o impeachment de Moraes, que depende de uma decisão de Alcolumbre.
Em fevereiro de 2019, no contexto da posse de Bolsonaro, um grupo de senadores articulou para impedir a eleição de Renan. Alcolumbre, então um nome periférico, emergiu como candidato da frente anti-Renan, com suporte do Palácio do Planalto.
Na véspera da votação, Alcolumbre ignorou uma decisão que transferia a presidência ao congressista mais velho, José Maranhão. Ele alegou ter o direito de presidir as sessões, conduzindo os trabalhos por mais de 7 horas ininterruptas.
Após a longa sessão, Alcolumbre adiou a votação. Heavy criticism erupted, with accusations of “autoproclamação” por parte da oposição.
Logo depois, o ministro Dias Toffoli, do STF, decidiu que a eleição deveria ser secreta. A primeira votação foi anulada e, na segunda, Alcolumbre venceu após Renan se retirar, citando descumprimento de decisão judicial.
Para detalhes completos, veja a sessão de 1º de fevereiro de 2019.