CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3): ações desabam após balanços; o que explica?
A CSN e CSN Mineração enfrentam queda nas ações após resultados mistos no 1T25. Analistas destacam preocupações com a queima de caixa e desafios competitivos no setor.
Ações da CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) em baixa após resultados do 1T25. Às 11h10 (horário de Brasília), CSNA3 caía 6,85% a R$ 8,97 e CMIN3 recuava 6,03% a R$ 5,77.
Goldman Sachs previa uma reação do mercado de neutra a negativa. Foco na queima de caixa e no caminho para a desalavancagem.
Bradesco BBI destacou um EBITDA da CSN de R$ 2,509 bilhões, 7% acima das projeções, graças a resultados sólidos em minério de ferro e aço. Vendas de minério de ferro atingiram 9,6 milhões de toneladas e custo caiu 11% na base anual.
CSN reiterou projeção de produção de 42,0 a 43,5 milhões de toneladas e apresentou EBITDA da divisão de aço de R$ 485 milhões. No entanto, a divisão de cimento apresentou resultados abaixo do esperado devido à competição elevada.
Itaú BBA registrou EBITDA 2% abaixo da estimativa, com geração de fluxo de caixa livre negativa de R$ 173 milhões. Dívida líquida/EBITDA caiu para 3,3 vezes.
XP manteve visão neutra para CSNA3, devido à alta alavancagem e concorrência no mercado doméstico, especialmente na indústria de aço.
Goldman Sachs estima que CSN queimou cerca de R$ 2 bilhões em caixa no 1T25. Projeções indicam uma queima total de R$ 5,4 bilhões neste ano.
Recomendações:
- Goldman Sachs: Venda, preço-alvo de R$ 7,70.
- Bradesco BBI e Itaú BBA: Neutras, preços-alvos de R$ 9 e R$ 5,50.
EBITDA da CSN Mineração foi de R$ 1,4 bilhão, com queda de 29% em relação ao trimestre anterior. Geração de fluxo de caixa livre foi positiva em R$ 546 milhões.
Liquidez em caixa caiu para R$ 4 bilhões e alavancagem foi de -0,65 vez.