Cúpula Trump e Putin no Alasca: por que Zelenski não estará presente?
A ausência de Zelenski nas negociações de paz levanta críticas e ressalta a exclusão da Ucrânia nas conversas. Especialistas alertam que as exigências de Putin podem comprometer a soberania ucraniana em futuras resoluções.
Ausência de Zelenski marca negociações entre EUA e Rússia pela paz na Ucrânia
No dia 15 de setembro, ocorre um encontro no Alasca entre Donald Trump e Vladimir Putin para discutir a guerra na Ucrânia, mas a falta do presidente ucraniano Volodmir Zelenski divide opiniões.
Expertos afirmam que sua ausência é um sinal de descontentamento com a União Europeia. O doutor em Ciência Política, Leonardo Trevisan, destaca que a exclusão de Zelenski é um ataque à posição europeia na negociação.
Após confirmação de que Zelenski estaria fora das conversas, líderes europeus emitiram um documento afirmando que “o caminho para a paz não pode ser decidido sem a Ucrânia”, com assinaturas de figuras como Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen.
Durante uma videochamada, líderes europeus tentaram reforçar que um cessar-fogo deve ser a prioridade nas negociações.
Trevisan e outros analistas consideram que a presença de Zelenski não seria crucial na reunião, sendo ele visto como um “ator político menor” neste contexto. A recusa de Putin em considerá-lo um interlocutor legítimo é um ponto crítico das discussões.
Putin impõe à Ucrânia condições severas, como a cedência das regiões anexadas e a promessa de neutralidade em relação à Otan. Para Kiev, tais exigências são inaceitáveis.
Trevisan acredita que Putin não abrirá mão das áreas conquistadas, enquanto o cientista político alemão Stefan Wolff adverte que a ausência de Zelenski pode evitar impasses, lembrando de interferências de Trump em reuniões anteriores.
Por sua vez, Angelo Segrillo afirma que a posição de Putin sobre um possível encontro com Zelenski é parte de sua estratégia para manipulação política.