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Custo de manutenção pesa, e renda líquida de trabalhadores de apps cai no Brasil, indica estudo

Estudo revela que motoristas de aplicativo enfrentaram queda significativa na renda líquida nos últimos dois anos, enquanto a remuneração dos entregadores cresceu. A pesquisa destaca o impacto do aumento nos custos operacionais sobre a realidade financeira dos profissionais de transporte.

A renda média dos motoristas de aplicativo caiu entre 4% e 13% de 2022 a 2024, segundo estudo do Cebrap, usando dados das plataformas Amobitec, iFood, Lalamove, Uber e Zé Delivery.

Durante o mesmo período, a remuneração dos entregadores aumentou entre 11% e 16%, enquanto o rendimento médio geral cresceu 12,1% segundo o IBGE.

O estudo analisou ganhos líquidos dos motoristas, considerando custos com impostos, manutenção e combustível, corrigidos pela inflação.

No evento da Casa Jota, a Amobitec apresentou um crescimento de 5% na remuneração bruta, mas não detalhou a queda na renda líquida dos motoristas. O autor do estudo, Victor Calil, ressaltou que a renda bruta não reflete a realidade devido ao aumento dos custos de manutenção.

Em 2022, o gasto médio mensal dos motoristas subiu de R$ 2.746 para R$ 2.885 até 2024. Enquanto isso, o pagamento por hora aumentou de R$ 44 para R$ 47.

Em 2024, os motoristas tiveram renda entre R$ 3.083 e R$ 4.400 por 40 horas semanais, enquanto os entregadores, com uma carga de 20 horas, teriam ganhos entre R$ 1.138 e R$ 1.581.

  • 2,2 milhões de pessoas atuam como motoristas e entregadores no Brasil em 2024, aumento de 35%
  • Entre entregadores, 43% não contribuem para o INSS.
  • No grupo dos motoristas, 47% estão sem cobertura previdenciária.

O pesquisador Victor Calil observa que a maioria dos profissionais não tem conhecimento sobre benefícios previdenciários e muitos relataram já ter sofrido acidentes sem buscar auxílio do INSS.

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