Custo para se hospedar na COP30 virou extorsão, diz Marina Silva
Ministra critica aumento abusivo nos preços de hospedagem em Belém durante a COP30. Governo busca garantir acessibilidade e investiga práticas irregulares no setor hoteleiro.
Ministra do Meio Ambiente critica preços abusivos em Belém para a COP30
A ministra Marina Silva (Rede) afirmou, em 9 de agosto de 2025, que os preços de hospedagem exigidos em Belém durante a COP30 configuram uma extorsão.
Ela destacou que o governo federal está realizando um “esforço muito grande” para garantir a acessibilidade econômica aos países em desenvolvimento.
Durante evento no Sesc Pinheiros (SP), a ministra ressaltou que os preços cobrados pela rede hoteleira estão até 10 vezes mais altos que o normal, um aumento sem precedentes em comparação a outras edições do evento, onde os valores subiram de duas a três vezes.
A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) iniciou em junho a investigação em 24 estabelecimentos sobre possíveis práticas abusivas de preços. Questionamentos foram feitos sobre aumentos superiores a 50% e taxas de ocupação.
O governo brasileiro está negociando com a ONU um aumento nos fundos para a hospedagem das 144 delegações no evento. Estima-se que 50.000 pessoas irão participar da COP30, incluindo 100 chefes de Estado.
Entretanto, há um déficit de leitos em Belém, que precisará mais que dobrar a capacidade de acomodação para atender a demanda esperada de 60.000 participantes.