CVM abre processo contra cúpula do BRB
CVM investiga diretores do BRB por possível irregularidade nas demonstrações financeiras de 2024. Quatorze administradores estão sob análise, enquanto o banco se prepara para se manifestar sobre o processo.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apura responsabilidade dos administradores do Banco de Brasília (BRB) sobre demonstrações financeiras de 2024 e convocação intempestiva de Assembleias Gerais Ordinárias (AGO).
O processo foi inaugurado em 23 de junho e está na fase de citação dos acusados. A peça acusatória foi assinada em 26 de junho e as citações começaram em 4 de julho.
Estão sendo investigadas 14 pessoas, incluindo diretores e membros do Conselho de Administração do BRB. A maioria ainda aguarda a formalização da notificação. O banco declarou não ter acesso ao processo e se manifestará posteriormente.
No exercício de 2024, o BRB obteve lucro recorrente de R$ 282 milhões, com aumento de 40,9% em relação ao ano anterior. A margem financeira foi de R$ 3,108 bilhões, com crescimento de 15,1%, e a carteira de crédito cresceu 20,2%, totalizando R$ 43,061 bilhões.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que o desempenho reflete o amadurecimento da estratégia de transformação do banco.
Antes da divulgação dos resultados, em 28 de março, o BRB anunciou a intenção de adquirir parte do Banco Master, prevendo a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais.
A operação, que resultaria em um novo conglomerado prudencial sob liderança do BRB, foi aprovada sem restrições pelo Cade em 18 de junho e aguarda avaliação final do Banco Central (BC).
Ainda podem ocorrer ajustes no acordo devido a deficiências identificadas no balanço do Master, com exclusão inicial de R$ 23 bilhões em ativos, aumentando posteriormente para R$ 33 bilhões.