HOME FEEDBACK

CVM dividida acata recurso da Ambipar em processo que envolve Tanure e Banco Master

CVM decide a favor de Nelson Tanure e outros envolvidos, rejeitando a proposta de oferta pública de aquisição de ações da Ambipar. A decisão contraria o parecer técnico que apontava uma "ação orquestrada" para valorizar as ações da empresa.

CVM decide a favor de investidores em caso da Ambipar

O colegiado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu, em reunião de terça-feira (29), não seguir parecer técnico que implicava Nelson Tanure, Tércio Borlenghi Junior e o banco Master em tentativa de elevar ações da Ambipar.

Os diretores Otto Lobo e João Aciolly votaram a favor do recurso dos envolvidos, enquanto o ex-presidente João Pedro Nascimento e a diretora Marina Copola apoiavam a oferta pública de aquisição (OPA).

O voto de Lobo, presidente interino da CVM, decidiu a questão após o empate. Ele assumiu o cargo após a renúncia de Nascimento.

O relatório técnico da CVM mencionou que fundos vinculados a Tanure e ao Banco Master, em conjunto com Borlenghi Junior, teriam elevado as ações da Ambipar em 863% entre junho e agosto de 2024.

As compras de ações ocorreram paralelamente à aquisição da Emae por Tanure, que envolveu R$ 1 bilhão em papéis da Ambipar. A participação dos fundos subiu de 6,6% para 15,03% no período.

A OPA deveria ter ocorrido até maio, mas foi contestada. A CVM ainda não divulgou os votos que decidiram pelo recurso.

No final de junho, Nascimento afirmou que havia indícios de coordenação entre os agentes e que as aquisições estavam relacionadas ao leilão da Emae.

A Ambipar declarou que a decisão da CVM reconheceu a ausência de requisitos legais para a OPA e que a análise anterior não considerou a dinâmica do mercado em um contexto mais amplo.

A empresa também destacou que a captação de R$ 700 milhões através de oferta subsequente levou a uma reavaliação positiva das suas ações.

Leia mais em folha