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CVM diz ao governo que precisa dobrar número de cargos para fiscalizar mercado de capitais

CVM anuncia necessidade urgente de aumento no quadro de servidores em resposta ao crescimento do mercado de capitais. Estudo revela que autarquia precisa de 544 novos inspetores para garantir a supervisão eficiente dos ativos no Brasil.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ao governo federal sobre a necessidade de dobrar seu quadro de servidores para acompanhar o crescimento do mercado de capitais no Brasil.

Em um estudo técnico, a CVM apontou a necessidade de 544 novos inspetores federais, superando o total atual de 452 servidores, que inclui inspetores, agentes e auxiliares.

Um anteprojeto de lei está em análise no Ministério da Gestão para ampliar o quadro, em resposta ao aumento do mercado nos últimos anos.

Esse projeto se relaciona com a proposta "twin peaks", que visa transformar a CVM e o Banco Central em superórgãos reguladores do setor financeiro.

A CVM, responsável pela fiscalização de R$ 16,7 trilhões em ativos, enfrenta uma crise inédita, com 91,36 mil regulados, incluindo fundos e consultores. Recentemente, o presidente João Pedro Nascimento renunciou, deixando duas das cinco vagas na diretoria abertas.

O Ministério da Fazenda busca preencher as vagas e já aumentou o orçamento da CVM. O concurso público de 2024, autorizado no governo Lula, é o primeiro desde 2010 e já teve 60 aprovados, embora alguns tenham solicitado exoneração para outros cargos.

No orçamento de 2024, a CVM terá R$ 296 milhões, com R$ 36 milhões destinados ao custeio administrativo e investimentos.

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