CVM enfrenta crise com diretoria desfalcada, pressões políticas e casos polêmicos
CVM enfrenta crise sem precedentes após renúncia de presidente, aumentando especulações sobre pressões políticas e falta de priorização do governo. Com apenas dois membros na diretoria, a autarquia enfrenta dificuldades em sua função regulatória e na apuração de infrações no mercado de capitais.
Renúncia de João Pedro Nascimento da presidência da CVM revela pressões políticas e gera crise sem precedentes na autarquia.
JP, apadrinhado pelo senador Flávio Bolsonaro, deixou o cargo em julho, a dois anos do fim do mandato, trazendo um desfalque significativo para a CVM, que fiscaliza R$ 16,7 trilhões em ativos.
Atualmente, a CVM pode acabar o ano com apenas dois dos cinco membros do colegiado, em um dos piores momentos da sua história de quase 50 anos.
A estrutura da CVM não acompanha o crescimento do mercado. Em 2024, arrecadou R$ 1,24 bilhão mas recebeu apenas R$ 36,3 milhões para custeio em 2025.
Há uma vaga aberta há oito meses, e o mandato do diretor Otto Lobo termina no fim do ano, exigindo novas indicações.
O Ministério da Fazenda defende que aumentou o orçamento da CVM e que um concurso público para 60 vagas foi aprovado, não ocorrendo desde 2010.
Политический конфликт se intensificou após a decisão de Lobo sobre um processo envolvendo o investidor Nelson Tanure e a empresa Master, gerando controvérsias no mercado.
João Pedro alegou razões pessoais para sua saída, mas mencionou pressões insuportáveis. Aliados afirmam que houve um ataque coordenado contra ele, com audiência na Câmara gerando tensão.
Durante a audiência, JP enfrentou questionamentos sobre a participação de seu irmão José Lúcio Nascimento no BTG Pactual, sem cargos estatutários.
A busca por novos líderes candidatos à presidência continua, com Copola se destacando como favorita.
A prioridade agora é recompô-la rapidamente e garantir que a CVM tenha recursos necessários para cumprir seu mandato.