CVM proíbe venda de criptomoeda de Eike Batista a brasileiros
CVM veta a venda de token $EIKE no Brasil, caracterizando-o como valor mobiliário. A empresa envolvida destaca que o projeto está em conformidade com as regulamentações internacionais e não se destina ao mercado brasileiro.
CVM proíbe venda de criptomoedas de Eike Batista no Brasil
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) proibiu a venda no Brasil do token $EIKE, criado pelo empresário Eike Batista para financiar projetos de plantação de cana-de-açúcar no norte do Rio de Janeiro.
A assessoria de Eike afirma que os ativos não são destinados à venda no país e que o projeto está em conformidade com regulamentações internacionais. O $EIKE está em fase de pré-venda.
A CVM classifica o ativo como valor mobiliário, regulado pela autarquia, e orienta investidores a denunciarem ofertas do produto. Multa diária de R$ 100 mil foi imposta para quem descumprir a proibição.
O token é vendido por US$ 1 na plataforma Solana e promete retorno baseado nas ações da BRXe, que lidera o projeto, prevendo lucros futuros.
A operação envolve a empresa EBX Green Digital, registrada em Delaware, um paraíso fiscal nos EUA. O projeto da "supercana" tem sido desenvolvido desde 2010 e conta com R$ 350 milhões em investimentos.
BRXe recebeu recentemente aporte de R$ 500 milhões da Brasilinvest, com Mario Garnero ficando com 40% do projeto. A tecnologia proposta promete elevar muito a produção de etanol e bagaço.
A BRXe planeja expandir para 70 mil hectares e construir três unidades de moagem de cana capazes de processar 4 milhões de toneladas cada.
Em 2024, Eike declarou buscar "brutal eficiência" como empreendedor. Foi o sétimo homem mais rico do mundo antes do colapso de seu império nos anos 2010, enfrentando condenações por crimes e recuperação judicial.
A assessoria de Eike reafirma que o token $EIKE "não se destina à venda no Brasil" e que a EBX Digital Green bloqueou acessos de IPs brasileiros à sua página.
O ativo está em pré-venda internacional e não constitui oferta de compra de valores mobiliários ou criptoativos a residentes no Brasil.