Da inovação à neve: diversidade econômica faz da Região Sul a 35° economia do mundo
A Região Sul do Brasil se destaca como uma potência econômica com alto índice de desenvolvimento e inovação. Entretanto, enfrenta desafios significativos como infraestrutura precária e elevada carga tributária, que precisam ser superados para manter seu crescimento.
Região Sul do Brasil apresenta forte crescimento econômico, com quase 30 milhões de habitantes e um PIB nominal de US$ 407 bilhões, superando países como Hong Kong e Malásia. A taxa de desemprego é 3,8%, inferior à dos EUA (4,2%) e do Reino Unido (4,6%). O IDH é de 0,777, considerado alto, com taxa de alfabetização acima de 95%.
A combinação do empreendedorismo e inovação coloca os estados do Sul no mapa global de startups. Esses estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compreendem 14,6% da população brasileira, mas geram 17% das riquezas até 2024.
No Paraná, os principais setores são agroindústria e automobilismo, com destaque para a produção de frangos e o porto de Paranaguá. Santa Catarina se destaca na indústria de transformação e na produção de carne suína, enquanto o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz e tem um parque fabril diversificado.
Em exportações, a Região Sul representa cerca de 17% do total brasileiro, totalizando US$ 57 bilhões em 2024. Florianópolis desponta como um dos principais polos de startups, com 25% da arrecadação municipal vindo do setor de tecnologia.
No turismo, atrativos variam entre o inverno nas serras e praias paradisíacas no verão. A gastronomia é rica e diversificada, refletindo a cultura local. No índice de felicidade dos estados, Santa Catarina ocupa a primeira posição, seguida por Rio Grande do Sul e Paraná.
Contudo, desafios como infraestrutura deficitária, altos juros e falta de trabalho qualificado dificultam o crescimento. Em 2024, os três estados arrecadaram R$ 267 bilhões em impostos, mas apenas 21% voltou para a região.
Santa Catarina, com crescimento de 7,6% na produção, se destaca pela exportação de produtos tecnologicamente intensivos, especialmente para os Estados Unidos, que recebem 40% de suas exportações. Apesar dos números positivos, o estado enfrenta o desafio de receber menos recursos da União.