Da promessa à pressão: lucros da Alibaba expõem fragilidades de big techs chinesas
Apesar do otimismo inicial com os avanços em IA, o setor de tecnologia da China enfrenta desafios significativos. A recuperação do consumo é lenta e as expectativas de lucros estão cautelosamente ajustadas à realidade local.
O setor de tecnologia da China começou 2025 em alta, impulsionado pelo surgimento da DeepSeek, que busca desafiar a supremacia dos EUA em IA.
Xi Jinping celebrou os empreendedores do país, e as ações das principais empresas de tecnologia tiveram o maior crescimento desde 2020.
Entretanto, as ações da Alibaba caíram após um resultado trimestral decepcionante, gerando preocupações nos investidores.
A JD e a Tencent apresentaram crescimento rápido de receita, mas ainda enfrentam desafios devido à enorme recessão e repressão governamental na China.
Acompanhando esta situação, o governo chinês implementou medidas de estímulo que beneficiaram o consumo, como demonstrado pelo desempenho da Alibaba no primeiro trimestre.
No entanto, a cautela predomina, pois consumidores e empresas estão se retraindo devido à incerteza nas relações comerciais, especialmente com os EUA.
Além disso, o crescimento das grandes tecnologias da China está em fase de transição, e é esperado que uma narrativa de crescimento duradouro seja necessária para recuperar a confiança dos investidores.
A concorrência acirrada no setor de entregas preocupa, com a JD declarando guerra à Alibaba e Meituan, o que pode impactar as margens de lucro.
Embora a DeepSeek tenha gerado otimismo, a expectativa é que o impacto financeiro real da IA leve tempo para se concretizar. As incertezas sobre chips de IA e restrições dos EUA também adicionam um risco ao cenário.
Enquanto isso, investidores são aconselhados a ter paciência, já que Pequim está apoiando os esforços tecnológicos para competir com gigantes como OpenAI e Google.