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Dalai lama diz que fundação vai liderar busca por seu sucessor

Dalai Lama afirma que organização por ele fundada terá controle exclusivo sobre sua reencarnação. A declaração reforça a oposição à intervenção da China na sucessão do líder espiritual tibetano.

Dalai Lama rejeita influência da China sobre sua reencarnação

No dia 2 de novembro, o dalai lama, líder dos budistas tibetanos, afirmou que uma organização que ele fundou terá autoridade exclusiva para reconhecer sua futura reencarnação. Esta declaração contraria a posição da China, que deseja escolher o sucessor.

As declarações ocorreram durante as celebrações de seu 90º aniversário em 6 de novembro. O dalai lama já havia dito que seu sucessor nascerá fora da China e pediu que seus seguidores rejeitem qualquer escolha feita por Pequim.

"A instituição do dalai lama continuará", afirmou o líder em um comunicado. Ele enfatizou que o Gaden Phodrang Trust, organização criada para manter a tradição, terá a autoridade exclusiva para o reconhecimento, em consulta com líderes budistas tibetanos.

A tradição tibetana diz que a alma de um monge budista reencarna após a morte. O 14º dalai lama, nascido em 1935, foi reconhecido como reencarnação aos dois anos, após uma pesquisa do governo tibetano.

A China, que controla o Tibete, afirma ter o direito de aprovar o sucessor, invocando rituais do período imperial. No entanto, muitos tibetanos veem isso como uma manobra para exercer controle sobre a comunidade.

O dalai lama, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, é considerado um separatista pela China, que proíbe a devoção a ele no território. O governo chinês defende que ele não tem direito de representar os tibetanos.

Além disso, a Índia abriga mais de 100 mil budistas tibetanos, que têm liberdade de estudar e trabalhar. EUA e legisladores americanos reafirmaram seu compromisso de não permitir que a China influencie a seleção do sucessor do dalai lama.

Em 2024, o então presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma lei que pressiona a China por maior autonomia no Tibete.

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