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Damares faz dobradinha com Flávio Bolsonaro e abre apuração sobre Correios no Senado

Senadores da oposição iniciam investigação sobre os Correios após prejuízo de R$ 2,59 bilhões. A fiscalização visa apurar supostas irregularidades administrativas e financeiras na estatal.

A oposição no Senado iniciou uma fiscalização sobre os Correios, após o anúncio de um prejuízo de R$ 2,59 bilhões no ano passado.

Senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lideram a ação. Damares sugeriu a fiscalização via uma PFS (Proposta de Fiscalização e Controle), uma prerrogativa da Comissão de Fiscalização do Senado, que teve Flávio como relator.

A Comissão é considerada sensível pelo Palácio do Planalto devido à sua capacidade de convocar ministros para explicações. Anteriormente, o senador Omar Aziz (PSD-AM) controlava o colegiado, mas atualmente ele está sob o PP, partido de Ciro Nogueira.

Desde a criação da comissão em 2013, foram feitas 22 propostas de fiscalização, mas a maioria não avançou. Apesar disso, a oposição pode criar um barulho relevante sobre o tema.

Diferente de uma CPI, a Comissão de Fiscalização não pode convocar pessoas ou quebrar sigilos, apenas requisitar informações. O requerimento de Damares menciona possíveis irregularidades, incluindo gastos com propaganda e nomeações políticas.

Os Correios afirmam que respeitam o Congresso e não reconhecem irregularidades nas suas contas, destacando esforços para melhorar a governança.

O relatório final da fiscalização será compartilhado com várias entidades, como o MPF e o TCE. O requerimento foi aprovado antes da divulgação das contas de 2024, que mostraram um prejuízo significativo.

A estatal atribui o resultado negativo a "taxas de blusinhas", "despesas judiciais" e ao novo marco regulatório de compras internacionais.

Após o prejuízo, os Correios anunciaram um plano para cortar despesas em R$ 1,5 bilhão em 2025, incluindo um PDV (Programa de Desligamento Voluntário).

Em fevereiro, um pedido para a abertura de uma CPI sobre os Correios, apresentado pelo senador Márcio Bittar, foi ignorado. A CPI dos Correios de 2005 marcou a descoberta do mensalão.

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