Damodaran: ‘Para a maioria das empresas, IA será custo, não receita’

Aswath Damodaran, professor da NYU, expressou no Brazil Journal sua visão sobre a inteligência artificial (IA). Ele acredita que, para a maioria das empresas, a IA será mais um custo do que uma fonte de receita.

Damodaran destacou a atual situação do mercado de IA, afirmando que "tudo o que temos é um sonho febril" de um mercado de US$ 3,5 trilhões, mas ele não está convencido sobre sua viabilidade.

Em seu novo livro, O ciclo de vida corporativo, Damodaran analisa como as empresas evoluem ao longo de seu ciclo de vida e a importância de atuarem conforme seu estágio atual. Ele criticou a tendência das empresas de “reencarnar”, enfatizando que isso muitas vezes resulta em destruição de valor.

Ele também comentou sobre a dificuldade de investidores como Warren Buffett em se adaptar a um mercado onde apenas poucas empresas dominam. Para Damodaran, os ciclos de vida corporativos estão se comprimindo devido à tecnologia.

Damodaran criticou os “cirurgiões plásticos corporativos” e argumentou que as empresas frequentemente negam seu envelhecimento, destratando consultores que prometem rejuvenescimento. Para ele, a aceitação do envelhecimento é crucial para preservar valor.

Sobre a IA, Damodaran é cético quanto à sua lucratividade. Ele alertou que, assim como no passado com PCs e internet, para a maioria das empresas, a IA será um custo. Exemplos como Nvidia e Tesla foram citados, mas ele mantém dúvidas sobre o lucro real que a IA pode trazer.

No cenário político, Damodaran elogiou Elon Musk como um fundador visionário, mas questionou sua eficácia como CEO e sua atuação política.

Concluindo, Damodaran enfatizou a necessidade de uma disrupção no governo dos EUA, afirmando que as reformas devem ir além de ajustes superficiais.