Data center pode ser vetor de expansão da Cushman no Brasil, diz CEO para região
O Brasil se destaca como líder em data centers na América Latina, impulsionado por sua matriz energética renovável, e a Cushman & Wakefield prevê um crescimento robusto no setor. A consultoria espera que a regulamentação futura torne o ambiente mais competitivo e atraia investimentos significativos até 2030.
Demanda por data centers aquece mercado logístico no Brasil. O país é o líder na América Latina, com destaque para São Paulo, que se destaca entre os centros globais fora dos EUA, graças à energia renovável.
Em entrevista, Matheus Cardoso, novo CEO da Cushman & Wakefield, afirmou: “Queremos ser protagonistas em data center no Brasil”. Ele vê a ampliação desse setor como vital para o crescimento da empresa na região.
A empresa não divulga números específicos, mas estima um crescimento de 20% ao ano no faturamento, caso os data centers se desenvolvam rapidamente. Em 2024, a receita global da Cushman foi de US$ 9,4 bilhões.
O otimismo está ligado à matriz energética do Brasil, com 84% da energia proveniente de fontes renováveis. São Paulo está entre as 10 cidades com maior potencial, segundo análises da consultoria.
Atualmente, existem 73 data centers em operação no Brasil, sendo 40 em São Paulo, com 25 projetos em desenvolvimento. A projeção é de US$ 5,96 bilhões em investimentos até 2030, representando um aumento de 200%.
Para um avanço significativo, mudanças regulatórias são esperadas, incluindo uma medida provisória (MP) que deve oferecer benefícios fiscais e isenções de impostos para equipamentos. A aprovação dessa MP é vista como crucial para atrair investimentos.
A Cushman & Wakefield pretende conectar players globais, como Odata e Digital Realty, para aproveitar o crescimento do setor. A empresa se destaca na oferta de serviços abrangentes, desde escolha de terrenos até gestão de obras.
Como Cardoso concluiu: “É um mercado com grande potencial” para movimentar bilhões, além da quantidade de data centers.