'Dava desculpas ao meu marido para não fazer sexo porque sentia dor'; a doença na vulva que pode passar desapercebida
Clare Baumhauer revela sua luta contra o líquen escleroso vulvar, uma condição muitas vezes mal diagnosticada. Profissionais de saúde alertam para a falta de conhecimento sobre a doença entre médicos e a necessidade de mais conscientização.
Clare Baumhauer, uma mulher inglesa de 52 anos, compartilha sua longa luta contra a coceira e dor na vulva, diagnosticada apenas em 2016 como líquen escleroso vulvar.
A doença causa placas brancas e alterações anatômicas, afetando o conforto ao urinar e ter relações sexuais. Clare, que também desenvolveu câncer de vulva, destaca a falta de diagnóstico precoce e a vergonha enfrentada por mulheres em compartilhar seus sintomas.
Estudos mostram que o líquen escleroso é subnotificado e mal diagnosticado. A condição não é contagiosa, mas pode afetar mulheres de todas as idades, especialmente acima dos 50 anos.
Outras mulheres, como Meenakshi Choksi, de 85 anos, e Lúcia, de 50 anos, também enfrentaram dificuldades semelhantes para obter diagnósticos corretos. A falta de conhecimento entre médicos contribui para isso, com 38% de médicos afirmando nunca terem sido ensinados sobre doenças vulvares.
A International Society for the Study of Vulvovaginal Disease reconhece a necessidade de mais conscientização. Clare agora administra um grupo de apoio online, incentivando mulheres a não se envergonharem de buscar ajuda.
Meenakshi ressalta: "Não tenham medo ou receio de compartilhar esse problema".