De Absolute a JGP: gestores correm para garantir benefício em debêntures incentivadas
Maior demanda por debêntures incentivadas impulsiona gestoras a acelerar emissões antes de possíveis mudanças fiscais. O ambiente vem atraindo investidores em busca de retornos e diversificação em meio a incertezas econômicas.
Gestores de fundos de crédito do Brasil estão acelerando captações em debêntures incentivadas devido à crescente demanda e ao risco de redução de benefícios fiscais.
Gestoras como Sparta e Absolute retomam investimentos em títulos isentos, especialmente em infraestrutura. A JGP Asset Management planeja lançar novos fundos antes do final do ano.
O governo propôs um imposto de 5% sobre rendimentos a partir do próximo ano, visando reduzir o déficit orçamentário, afetando títulos isentos atualmente.
Fayga Delbem, da Itaú Asset Management, observou que o mercado reagiu positivamente, com aumento de fluxo e fechamento de spreads.
Os rendimentos dos títulos de infraestrutura caíram 15 pontos após o anúncio da medida, enquanto investidores buscam renda fixa em um cenário de altas taxas de juros, com a Selic a 15%.
Apesar da turbulência política, a demanda por debêntures de infraestrutura cresce, com um recorde de emissões de R$ 74,5 bilhões no primeiro semestre de 2025, um aumento de 15,7%.
A regra proposta impactará apenas novas emissões após 31 de dezembro. Gestores esperam que essa demanda se mantenha robusta.
Ulisses Nehmi, da Sparta, prevê crescimento de R$ 17 bilhões para R$ 20 bilhões em ativos até o final do ano, enquanto Daniela Gamboa, da SulAmerica, aposta no fechamento dos spreads.
O cenário é favorável para investidores, que têm a expectativa de novas emissões antes das mudanças nas regras fiscais.