De Assaí a Stone: ações brasileiras impulsionam índices de small caps de LatAm
As small caps da América Latina destacam-se em 2025, superando os índices globais com retornos expressivos. Fatores como a dinâmica setorial e a redução na exposição a commodities impulsionam esse desempenho acima da média.
Wall Street enfrenta quedas enquanto as small caps da América Latina se destacam com retornos positivos em 2025.
Os índices de ações de pequena capitalização superaram os índices globais, com o MSCI Emerging Markets Latin America Small Cap Index subindo 24,86% e o S&P Latin America SmallCap Index subindo 34,66%.
Em contraste, os índices de referência como o MSCI Latin America e o S&P 500 mostraram resultados modestos de 17,25% e -3,93%, respectivamente.
Segundo Jenni Li da Bloomberg Intelligence, o bom desempenho é impulsionado pela dinâmica global, incluindo a rotação contra os EUA e um dólar mais fraco.
Setores em destaque:
- Energia: A pequena participação em small caps (4%) é um fator positivo, especialmente com queda nos preços do petróleo.
Ações com alto desempenho incluem:
- StoneCo (STNE): +64,69%
- Assaí (ASAI3): +64,6%
- PagSeguro (PAGS): +52,88%
- Gentera: +42%
- Lojas Renner (LREN3): +20%
Analistas destacam que essas empresas apresentam resultados sólidos e ajustes estratégicos que contribuíram para o crescimento.
A Quálitas e a Mallplaza também se destacam pela expansão e melhorias de eficiência.
As small caps tendem a ser mais afetadas por taxas de juros e, com a expectativa de baixa nas taxas, podem continuar a desempenhar bem.
O MSCI e o S&P têm critérios distintos para classificar small caps, com foco em empresas de valor significativo no mercado local.
Apesar do desempenho positivo, os investidores devem estar cientes de riscos de liquidez e condições económicas que podem impactar investimentos em small caps.
Li conclui que, com um ambiente macroeconômico estável, as small caps podem continuar sua trajetória de sucesso.