De Biden a Trump: relatório dos EUA troca elogios por acusações ao Brasil
Relatório do Departamento de Estado aponta retrocessos nos direitos humanos no Brasil em 2024, com foco nas ações do STF contra discursos considerados antidemocráticos. A análise contrasta com melhorias anteriores na liberdade de expressão, destacando a censura governamental a conteúdos online.
Relatório de Direitos Humanos dos EUA:
Nesta terça-feira (12), o Departamento de Estado dos EUA divulgou seu relatório anual de práticas de direitos humanos referente a 2024, destacando a deterioração da situação no Brasil.
O documento de 14 páginas critica a atuação do Judiciário, em especial do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Esta nova edição reflete um tom diferente em comparação à versão anterior, que foi publicada durante a administração de Joe Biden. O relatório de 2023 reconhecia um bom nível de liberdade de expressão, enquanto o de 2024 aborda o discurso de ódio de forma negativa.
O relatório menciona que:
- O governo brasileiro restringiu a liberdade de expressão com a justificativa de combater o discurso de ódio.
- A Suprema Corte tomou decisões que limitaram a liberdade de expressão, considerando certas opiniões como antidemocráticas.
- Conteúdos online foram censurados por ferirem ordens do STF, com mais de 100 usuários suspensos no X.
O texto também comenta a suspensão do X por mais de um mês em 2024, após Elon Musk decidir não obedecer mais às ordens do STF, e que plataformas sociais enfrentaram situações similares.