De cartel mexicano às ruas dos EUA, BBC segue traficante na trilha do fentanil, ao qual Trump declarou guerra
A epidemia de fentanil nos EUA acende um alerta sobre a crescente dependência de opioides, com cartéis mexicanos intensificando o tráfico. Enquanto o governo dos EUA busca medidas de combate, a realidade nas ruas revela a gravidade da crise e a luta de ativistas para salvar vidas.
Tráfico de fentanil em Los Angeles
Um traficante de fentanil, conhecido como Jay, observa a operação de um cartel mexicano na fronteira. A droga é embalada e disfarçada no tanque de um carro para evitar a detecção.
A Casa Branca vincula o contrabando do fentanil à necessidade de aumentar tarifas sobre produtos mexicanos. Trump prometeu combater os cartéis, mas Jay acredita que a demanda nos EUA manterá o tráfico ativo.
Os comprimidos, vendidos a preços reduzidos, são 50 vezes mais potentes que a heroína. O uso de naloxona tem ajudado a reverter overdoses, mas as mortes ainda são graves, com cerca de 87 mil ocorrências no último ano.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, enviou tropas à fronteira e fez apreensões recordes de fentanil, enquanto se culpam os EUA pela crise de opioides. Ela sugere que a legalização de analgésicos contribuiu para a epidemia.
Autoridades americanas, como Derek Maltz, destacam a necessidade de combater tanto os cartéis quanto a demanda por drogas nos EUA.
No bairro Kensington, na Filadélfia, Rosalind Pichardo registra as overdoses que revertiu com naloxona, ajudando dependentes enquanto testemunha o impacto devastador do fentanil. Ela acredita que a guerra contra as drogas não resolverá a crise.
Embora ações sejam tomadas, o ciclo de dependência continua, e novos compostos, como a xilazina, surgem no mercado. Pichardo continua salvando vidas, refletindo sobre os desafios persistentes da epidemia.