De ex-líder ligado à Al Qaeda e Estado Islâmico a encontro com Trump, quem é Ahmed al-Sharaa
Trump suspende sanções à Síria em encontro histórico com novo líder do país. A decisão é vista como um passo importante para a reconstrução e estabilização da nação após anos de conflito.
Trump suspende sanções à Síria antes de encontro com líder Ahmed al-Sharaa
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a suspensão das sanções à Síria momentos antes de se encontrar com Ahmed al-Sharaa, a primeira reunião entre líderes dos dois países desde 2000.
O encontro acontecerá nesta quarta-feira, 14/5, na Arábia Saudita, durante a viagem de Trump ao Oriente Médio.
A decisão gerou euforia em Damasco, com aplausos e danças. As sanções, que impediam ajuda humanitária, visavam pressionar o regime do deposto Bashar al-Assad.
Trump afirmou que isso daria à Síria "uma chance de grandeza" e que "é a hora deles brilharem". O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, chamou a decisão de "ponto de virada crucial".
Quem é Ahmed al-Sharaa?
Al-Sharaa, líder sírio, nasceu em Riade e cresceu em Damasco. Ele é ex-militante, tendo se juntado ao Al-Qaeda no Iraque e liderado a Frente Nusra, antes de formar o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), dominante em Idlib.
Desde a ascensão ao poder, al-Sharaa tenta conciliar visões moderadas e radicais, enfatizando a coexistência e prometendo proteção às minorias étnicas. Seu governo enfrenta desafios significativos de segurança e controle interno.
Cerca de 90% da população síria vive na pobreza, e o governo de al-Sharaa pressiona pelo fim das sanções, alegando que a Síria não representa ameaça.
Acenos de Trump e significados da reunião
A suspensão das sanções representa uma mudança significativa na política externa americana, atendendo a pedidos do príncipe herdeiro saudita e do presidente turco. A abertura de investimentos também beneficiará empresas americanas, especialmente no setor de energia.
O encontro entre Trump e al-Sharaa é visto como uma oportunidade para a Arábia Saudita e a Turquia estabilizarem a Síria e conterem a influência iraniana na região.
O encontro também pode contribuir para a legitimação internacional de al-Sharaa, cujo nome de guerra é Abu Mohammad al-Jolani, devido a suas associações passadas.