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De Exxon a Shell: analistas projetam menor lucro trimestral em 4 anos para petroleiras

As gigantes do petróleo enfrentam desafios devido à volatilidade dos preços impulsionada por fatores geopolíticos. A previsão é que seus lucros trimestrais caiam 12%, refletindo um cenário financeiro complicado e afetando a capacidade de financiar retornos aos acionistas.

Gigantes do petróleo enfrentam menores lucros trimestrais em quatro anos

As principais empresas de petróleo, incluindo Exxon Mobil, Chevron, Shell, TotalEnergies e BP, devem reportar um declínio de 12% nos lucros do segundo trimestre, totalizando US$ 19,88 bilhões, segundo analistas da Bloomberg.

Flutuações nos preços do petróleo atribuídas a tensões geopolíticas impactaram o mercado. O petróleo subiu 31% em maio e junho, mas terminou o trimestre 10% abaixo do início. A guerra comercial de Trump e a oferta da Opep+ sobrepujaram um impacto positivo de conflitos no Oriente Médio.

A Shell e a BP apresentaram desempenhos divergentes, com a Shell prevendo lucros de trading “significativamente menores”, enquanto a BP projeta lucros “fortes” de seus operadores de petróleo.

Os balanços começarão a ser divulgados em 24 de julho com a Total, seguido pela Shell (31 de julho), Exxon e Chevron (1º de agosto) e BP (5 de agosto).

A norueguesa Equinor também reportou uma queda de 19% nos lucros, devido a preços fracos de petróleo e problemas em uma instalação de gás.

A Opep+ e preocupações sobre as tarifas de Trump mantiveram os preços abaixo de US$ 70 por barril, complicando o financiamento de retornos aos acionistas. A dívida líquida da indústria deve aumentar, mesmo com cortes em recompras e gastos.

A melhoria nas margens de refino poderá aliviar a situação, mas os ganhos são pequenos em comparação com as divisões de produção.

A Shell, que teve um desempenho superior este ano, gerou especulações de aquisição da BP, que está tentando refocar em petróleo e gás sob nova liderança. A BP espera produzir mais e reduzir ligeiramente sua dívida.

A Chevron buscou aumentar o fluxo de caixa livre, enquanto a Exxon se concentra em novos projetos de exploração e aumento de produção, apesar da previsão de aumento da dívida.

Após lucros recordes em 2022, as expectativas de fluxo de caixa livre não cobrirão os pagamentos planejados, levando possíveis cortes nas recompras entre as empresas.

Cenário futuro: se o petróleo continuar em torno de US$ 70, recompras podem ser mantidas; se cair para US$ 60, algumas empresas podem cortar.

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