De olho no tarifaço de Trump, Assembleia Nacional da Venezuela aprova decreto de emergência econômica
Medida de Trump visa pressionar governo venezuelano em meio a sanções já existentes. Enquanto isso, Maduro busca fortalecer a economia com decreto de emergência.
Donald Trump anunciou uma tarifa de 25% a países que comprarem petróleo da Venezuela.
A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou, em 10 de outubro, um decreto do governo de Nicolás Maduro que declara estado de emergência econômica como resposta às sanções dos EUA.
Em março, os EUA suspenderam autorizações para empresas petrolíferas ligadas à estatal PDVSA e impuseram tarifas secundárias sobre exportações de petróleo e gás. O prazo para empresas como Chetro, Eni e Repsol encerrarem operações na Venezuela é 27 de maio.
O decreto, assinado em 8 de outubro, permite a Maduro implementar medidas para:
- Impulsionar o crescimento econômico;
- Conter a inflação;
- Oferecer tratamento especial a investidores;
- Suspender impostos;
- Estabelecer mecanismos de substituição de importações.
A vice-presidente Delcy Rodriguez afirmou que, apesar das sanções, a produção de petróleo e gás continua, apesar da queda de 30% no preço. Ela também declarou que produtores internacionais são bem-vindos, desde que sigam as leis venezuelanas.
Maduro e seu governo consideram as sanções dos EUA como uma "guerra econômica" e atribuem dificuldades econômicas a essas medidas. O decreto será analisado por uma câmara da Suprema Corte da Venezuela.