De porto seguro a quase imprescindível, ouro ganha espaço nas carteiras de investimento
Ouro alcança máximas históricas e se torna essencial para investidores em meio a incertezas. Especialistas recomendam sua inclusão nos portfólios como proteção e reserva de valor em tempos de crise.
Ouro renova máximas históricas em 2023, tradicionalmente visto como porto seguro em crises. O metal precioso subiu cerca de 23% este ano, superando US$ 3.500 a onça-troy.
A alta se deu em meio a incertezas geopolíticas, expectativa de cortes de juros nos EUA e busca por proteção contra a inflação. Tensões globais, como a guerra na Ucrânia, também influenciaram a valorização.
Após o Liberation Day, quando Donald Trump anunciou um tarifaço, a confiança no dólar e títulos americanos foi abalada. Davi Lelis, da Valor Investimentos, afirma: "Em um mundo onde até o dólar está sendo questionado, o ouro surge como âncora de confiança."
João Piccioni, da Empiricus Gestão, observa que, desde a pandemia, a exposição ao ouro cresceu, especialmente com compras recordes de bancos centrais.
Expectativa: o ouro deve continuar subindo, com JP Morgan prevendo média de US$ 3.675 por onça no quarto trimestre de 2025 e US$ 4.000 em 2026.
Especialistas alertam: o ouro deve ser visto como proteção, e não como ativo especulativo. Lelis destaca: "A pergunta não é se vale a pena investir, mas se você tem a quantidade adequada de ouro no portfólio".
Formas de investimento incluem ETFs, como o GOLD11, além de fundos de investimento e aquisição de barrinhas de ouro certificadas, embora estas últimas impliquem custos de custódia e menor liquidez.