HOME FEEDBACK

De quase recuperação ao balde de água fria com Magnitsky: o que esperar para BBAS3?

Investidores se mantêm cautelosos após alta volatilidade das ações do Banco do Brasil, com preocupações relativas à Lei Magnitsky e à deterioração dos resultados financeiros. O cenário futuro para a instituição permanece incerto, à medida que analistas avaliam riscos e oportunidades no mercado.

Ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam um período de volatilidade após resultados negativos no segundo trimestre de 2025.

No dia 15 de setembro, as ações surpreenderam com alta de 4%, apesar da queda de lucro de 60% (R$ 3,8 bilhões). Algumas casas de análise consideraram os papéis como uma “compra tática”.

Entretanto, a maioria dos analistas manteve uma visão neutra. O BTG Pactual alertou sobre a deterioração dos resultados, gerada pela inadimplência no agronegócio.

Após a alta inicial, as ações caíram 6% em uma terça-feira devido a uma decisão do STF que trouxe incertezas sobre a Lei Magnitsky. Isso gerou pessimismo em relação às operações internacionais dos bancos.

Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha Investimentos, destacou que bancos brasileiros têm operações no exterior e podem enfrentar riscos pela ordem do STF. A situação do Banco do Brasil é ainda mais complicada, segundo Ricardo Campos, da Reach Capital, devido à sua responsabilidade com a folha de pagamento de servidores federais.

O Banco do Brasil ficou sob pressão após relatos de que um cartão de crédito de Alexandre de Moraes, do STF, foi bloqueado devido a sanções dos EUA. As instituições seguem cautelosas, sendo a incerteza jurídica um fator de volatilidade persistente.

Especialistas como Gustavo Moreira apontam que a volatilidade deve continuar, com os investidores atentos a decisões que definam a segurança jurídica. Apesar de uma recuperação de ações nos R$ 21, a crise decorrente da Lei Magnitsky levou a uma nova queda para cerca de R$ 19,80.

Embora alguns analistas ainda recomendem compra tática, o panorama permanece desafiador. Os problemas com a inadimplência e qualidade de ativos devem se estender, com esperanças de melhora apenas em 2026.

De acordo com uma compilação de analistas, 7 têm recomendação neutra para BBAS3, 1 de venda e 3 de compra.

Leia mais em infomoney