De quase recuperação ao balde de água fria com Magnitsky: o que esperar para BBAS3?
Ações do Banco do Brasil enfrentam volatilidade após forte queda devido a incertezas sobre a Lei Magnitsky. Especialistas divergem sobre o futuro da instituição, que poderá ser impactada por decisões do STF e pela inadimplência no agronegócio.
Ações do Banco do Brasil (BBAS3): Desempenhos e Desafios
A volatilidade das ações BBAS3 tem sido intensa, alternando entre esperanças de recuperação e incertezas relacionadas à Lei Magnitsky.
No dia 15 de agosto, as ações subiram 4% após resultados negativos do 2T25, refletindo uma compra tática pelas casas de análise, apesar de uma queda de 60% do lucro.
Análises do BTG Pactual indicam que a deterioração nos resultados, impulsionada pela inadimplência no agro, avança rapidamente, enquanto a recuperação é lenta.
Após uma nova alta de 2%, na terça-feira as ações desabaram cerca de 6%, influenciadas pela decisão do STF sobre o bloqueio de ativos, gerando preocupações em relação aos bancos e a aplicação da Lei Magnitsky.
O CEO da Veedha Investimentos alertou que instituições financeiras brasileiras enfrentam riscos internacionais e pressões relacionadas à legislação de sanções dos EUA.
Os bancos, especialmente o Banco do Brasil, estão numa posição delicada devido à sua responsabilidade com folha de pagamento de servidores. O CEO da Reach Capital destacou essa vulnerabilidade em um cenário conturbado.
As medidas contra o ministro do STF, como o bloqueio do cartão de crédito, intensificaram as incertezas.
Segundo a Genial Investimentos, o risco de isolamento internacional e o custo de capital em operações internacionais aumentam com a vulnerabilidade das nossas instituições financeiras frente a sanções internacionais.
O analista da Eleven Financial mantém uma recomendação de compra tática e avalia que o mercado já reflete as dificuldades atuais, mas destaca os riscos de possíveis sanções financeiras para o banco.
Na reunião com o Goldman Sachs, o BB reiterou seu compromisso com conformidade regulatória em mais de 20 países e que problemas de qualidade de ativos podem perdurar até o 4T25, com previsão de melhorias nos juros.
Atualmente, entre 11 analistas consultados, existem 7 recomendações neutras, 1 de venda e 3 de compra para as ações do Banco do Brasil.