Debate sobre aumento da tarifa de energia leva a dança de cadeiras na Aneel
Mudança na Aneel é vista como estratégia para lidar com reajustes tarifários e novos investimentos em distribuidoras de energia. Especialistas alertam para possível aumento na conta de luz e impactos na inflação devido à pressão por modernização.
Houve mudanças na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A superintendente de Gestão Tarifária e Regulação Econômica, Camila Bomfim, e o assessor do diretor-geral, Leandro Caixeta, trocaram de posição.
Fontes indicam que essa mudança busca fortalecer a Aneel para enfrentar os reajustes nas tarifas de energia, com a renovação de contratos de distribuidoras em 19 estados.
A expectativa é de que haja pressão sobre a conta de luz e a inflação. Entre 2023 e 2031, contratos de 19 distribuidoras vencerão, começando pela EDP do Espírito Santo em julho.
Os novos contratos exigirão maior investimento nas redes e sistemas para enfrentar mudanças climáticas, o que poderá aumentar custos e impactar tarifas. Os custos com distribuição aumentaram pouco nos últimos anos devido a esforços das empresas.
Dados de um estudo da Volt Robotics mostram que, entre 2013 e 2023, o preço da energia cresceu apenas 9% em termos reais, enquanto os encargos (subsídios) subiram 326,5%, de R$ 32,8 bilhões para R$ 139 bilhões.
Bomfim é uma técnica respeitada e irá analisar os reajustes tarifários, enquanto Caixeta segue a aplicação das novas regras de renovação.
Possibilidade de disputas políticas também aumenta, com cadeiras à espera de indicação entre Senado e MME (Ministério de Minas e Energia). Caixeta possui um histórico relevante na área de energia.
Veja a lista de concessões de distribuição cujos contratos vencem nos próximos sete anos: