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Debate sobre corte de juros parece muito distante, diz Guillen

Diretor do Banco Central ressalta que debate sobre corte de juros é prematuro e destaca importância da convergência da inflação à meta. Ele também menciona incertezas globais que impactam o cenário econômico interno.

Discussão sobre corte de juros é prematura, afirma Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central.

Em evento do Barclays, ele destacou que não há menção oficial sobre cortes nas taxas de juros no Comitê de Política Monetária (Copom).

Guillen caracterizou o ambiente doméstico como resiliente, com mercado de trabalho aquecido e expectativas de inflação desancoradas.

Ele ressaltou que os movimentos do BC visam a convergeência da inflação à meta de 3% e que projeções para 2027 ainda acima da meta não indicam um alongamento do cenário de convergência inflacionária.

As projeções do Relatório de Política Monetária (RPM) indicam:

  • Selic em 15% até o fim de 2023;
  • Cortes para 12,50% até o final de 2026;
  • Cortes para 10,50% ao fim de 2027.

Guillen enfatizou que o momento é de manter os juros parados para avaliar a efetividade do patamar atual na convergência da inflação.

Ele também comentou sobre o cenário macroeconômico global, que apresenta resiliência, mas também incertezas:

  • Política comercial dos EUA e tarifas;
  • Quadros fiscais expansionistas, principalmente norte-americanos;
  • Riscos geopolíticos e seus impactos no preço do petróleo.

Guillen observou uma mudança na correlação entre o dólar e as taxas de juros de longo prazo, que, antes positiva, agora se torna negativa devido às novas políticas dos EUA.

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