Debate sobre redes sociais reacende na França após streamer ser torturado e morto durante live
Caso de streamer encontrado morto durante transmissão leva à investigação e críticas sobre a regulação das plataformas digitais. Autoridades francesas avaliam responsabilidades de Kick após episódios de supostos maus-tratos.
Morte do streamer francês Raphaël Graven, conhecido como Jean Pormanove ou “JP”, provoca debates sobre controle de plataformas digitais.
Ele foi encontrado morto durante uma transmissão ao vivo de 298 horas na plataforma australiana Kick, com marcas no rosto. Colegas tentaram acordá-lo, mas a live foi encerrada.
A polícia de Nice investiga o caso como suspeita de maus-tratos. Graven era famoso por transmissões de “desafios extremos”, considerados por especialistas como “trauma porn”.
O streamer tinha mais de 500 mil seguidores e enfrentava agressões durante as transmissões. Dois colegas, “Narutovie” e “Safine”, foram detidos anteriormente por denúncias de agressões, enquanto outro membro, “Coudoux”, tinha deficiência e também era humilhado.
Investigações mostram que Graven ganhava até 6 mil euros mensais. Apesar das evidências, as vítimas negaram violência, alegando que tudo era encenado para notoriedade.
A ministra de Assuntos Digitais, Clara Chappaz, classificou o ocorrido como “horror absoluto” e prometeu denúncia à Arcom e ao Pharos.
A Kick anunciou que baniu todos os streamers envolvidos e fará uma reavaliação completa de seus serviços no país.