Decisão de Moraes impede Bolsonaro de falar com o filho Eduardo
Medidas restritivas impostas a Jair Bolsonaro visam impedir contato com investigados em inquérito sigiloso. O ex-presidente enfrenta pressões internacionais, enquanto seu filho articula ações com membros do governo Trump contra o ministro Alexandre de Moraes.
Ex-presidente Jair Bolsonaro recebe proibição de contato com investigados em um inquérito sigiloso no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo seu filho, Eduardo Bolsonaro.
A restrição foi aplicada na última sexta-feira (18) e se dá em meio a um processo envolvendo articulações internacionais contra Alexandre de Moraes.
O inquérito foi autuado e distribuído ao gabinete de Moraes no dia 11 de outubro, após Donald Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, mencionando o caso de Bolsonaro no STF.
Eduardo Bolsonaro, atualmente nos EUA, teve um papel crucial na retaliação americana ao Brasil e está colaborando com o governo Trump para tentar impor sanções ao ministro Moraes.
Uma minuta de propostas de sanção foi criada, baseada na Lei Magnitsky, que permite aos EUA punir estrangeiros por corrupção ou violações de direitos humanos.
Contudo, houve resistência interna nos EUA, com preocupações sobre o impacto nas credenciais do país em promover a democracia. Um funcionário afirmou que sancionar um juiz da Suprema Corte brasileira afetaria a imagem dos EUA como defensores do Estado de Direito.
Apesar disso, a ofensiva internacional foi destacada. Em vídeo divulgado na quarta-feira (16), Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo discutiram sanções a “aliados e apoiadores” de Moraes, ao lado da Casa Branca.