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Decisão de Motta de votação que pode derrubar decreto do IOF surpreende governo, que procura líderes e tenta reação

Ministra busca apoio no Congresso após anúncio de votação que pode derrubar aumento do IOF. Governo argumenta que a medida é crucial para a saúde das contas públicas e execução de emendas parlamentares.

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, tem se reunido com líderes para discutir a votação marcada para esta quarta-feira pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que pode derrubar o decreto do IOF, aumentando a arrecadação em R$ 10 bilhões este ano.

A decisão de Motta surpreendeu o Palácio do Planalto, que esperava um período de menos tensão com o Congresso. Gleisi Hoffmann está buscando convencê-lo de que a derrubada do decreto comprometerá as contas públicas e a execução de emendas parlamentares.

Em suas redes sociais, Gleisi afirmou que a medida é crucial para o Orçamento e evitou ajustes que afetariam outras operações. Ela alertou sobre a necessidade de novos contingenciamentos, caso o decreto seja derrubado, o que poderia impactar programas sociais.

Na semana passada, a Câmara aprovou a urgência do projeto com um placar de 346 a 97. O governo está tentando aproveitar as festas juninas para acalmar a situação, enquanto enfrenta críticas por aumentar a alíquota de impostos.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu o decreto, afirmando que ele corrige injustiças e combate a evasão de impostos dos mais ricos.

O líder do PT, Lindbergh Farias, criticou Motta por pautar o projeto em um momento desfavorável, chamando a decisão de “provocação”. Em contrapartida, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, defendeu a clareza nas intenções de Motta.

As negociações em torno do IOF já resultaram em três decretos diferentes. O governo, após reações negativas, recalibrou os valores, reduzindo a previsão de arrecadação de R$ 19,1 bilhões para R$ 10 bilhões.

Além do projeto do IOF, Motta também pautou a votação de medidas relacionadas a habitação popular e isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

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