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Decisão de Motta de votar derrubada do IOF surpreende governo, que tenta reação

Conversas entre a ministra Gleisi Hoffmann e líderes do governo buscam reverter a votação que pode derrubar o aumento do IOF, crucial para a arrecadação de R$ 10 bilhões. A medida enfrenta resistência e é considerada vital para a execução do Orçamento e programas sociais.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está conversando com líderes do governo e da base aliada sobre a votação do decreto que aumenta o IOF, marcada para esta quarta-feira pelo presidente da Câmara, Hugo Motta.

Essa votação surpreendeu o Palácio do Planalto, que contava com essa semana para amenizar tensões com o Congresso. Gleisi não contatou Motta diretamente, mas recebeu líderes em seu gabinete para discutir a estratégia do governo.

O Ministério da Fazenda espera arrecadar R$ 10 bilhões com o aumento do IOF. Gleisi argumenta que a derrubada do decreto pode prejudicar as contas públicas e a execução de emendas parlamentares, afirmando que a medida é necessária para o Orçamento do país.

Ela declarou: “A derrubada exigiria novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento, afetando programas sociais”. A Câmara havia aprovado a urgência do projeto com um placar de 346 a 97, acelerando sua tramitação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu o decreto, alegando que ele “corrige injustiças” e combate a evasão de impostos dos mais ricos.

O líder do PT, Lindbergh Farias, criticou Motta por pautar o projeto em uma semana com maioria de parlamentares fora de Brasília, chamando isso de “grave erro” e “provocação”.

Hugo Motta, por sua vez, reafirmou a tramitação do projeto e outros assuntos, como o uso do Fundo Social do pré-sal para habitação popular, que pode arrecadar R$ 20 bilhões.

As questões sobre o IOF já resultaram em três decretos diferentes desde maio. O primeiro aumentou a alíquota de diversas operações. Após reações negativas, o governo recalibrou o IOF, reduzindo a expectativa de arrecadação de R$ 19,1 bilhões para R$ 10 bilhões.

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