Decisão poupa Argentina de entregar ações da YPF enquanto recursos não forem resolvidos
Tribunal suspende entrega de ações da YPF em favor da Argentina enquanto apelações são analisadas. Decisão é celebrada pelo governo de Javier Milei, que busca preservar a participação estatal na petroleira.
Tribunal de Apelações de Nova York suspendeu, em 15 de setembro, a entrega de 51% das ações da YPF a pedido da Argentina.
A decisão ocorre enquanto recursos sobre indenizações a duas empresas afetadas pela estatização da petroleira estão em andamento.
A YPF, uma empresa estatal petroquímica, foi estatizada em 2012, durante a presidência de Cristina Kirchner. Na época, a Argentina expropriou 51% das ações, parcialmente controladas pela Repsol, que recebeu 5 bilhões de dólares de indenização dois anos depois.
Acionistas minoritários, como Petersen Energía e Eton Park Capital, não foram indenizados e alegaram que a Argentina não fez uma oferta pública de aquisição (OPA), conforme a lei.
Em setembro de 2023, a juíza federal Loretta Preska decidiu contra a Argentina, ordenando a entrega das ações para satisfazer parcialmente um pagamento de 16,1 bilhões de dólares a essas empresas, que tinham 25,4% do capital da YPF antes da nacionalização.
O governo do presidente Javier Milei celebrou a decisão do tribunal, que mantém a participação majoritária do Estado na YPF durante a apelação. A ordem não afeta o andamento da apelação contra a sentença emitida em setembro de 2023.