Decreto da Lei de Reciprocidade está no Planalto, e comitê de resposta à tarifa terá pelo menos 5 ministros
Governo prepara decreto da Lei de Reciprocidade enquanto comitê discute tarifas sobre exportações brasileiras. Reuniões com setores afetados começarão na próxima semana, com foco nos impactos das tarifas anunciadas pelos EUA.
Decreto da Lei de Reciprocidade Econômica está em fase final de ajustes no Palácio do Planalto.
O governo federal irá formalizar na próxima semana um comitê para discutir a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA, prometida por Trump.
O comitê contará com pelo menos cinco ministros e empresários de setores afetados pela taxação.
O vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou que o decreto será publicado até segunda-feira (14). Ele destacou: "A lei já foi aprovada pelo Congresso e sua regulamentação está em andamento."
A Lei de Reciprocidade, aprovada em abril, visa facilitar a aplicação de tarifas e suspensões de concessões comerciais. O presidente Lula já sancionou a lei, mas ainda falta regulamentar alguns pontos.
Alckmin afirmou que a lei "defende as empresas no Brasil, incluindo as americanas". Ele mencionou que mais de 4 mil empresas americanas operam no país e que o diálogo com as empresas que mais exportam para os EUA começará na próxima semana.
O comitê será coordenado por Alckmin e incluirá ministros da Casa Civil, Relações Institucionais, Fazenda e Relações Exteriores, além de convidados da Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Setores como aviões, siderurgia, metalurgia, suco de laranja, carnes e café são considerados os “mais prejudicados” pela proposta de Trump.