Defensoria pede medidas ao Exército para alistamento de pessoas trans
DPU solicita ao Exército a criação de protocolo para alistamento de pessoas trans e denuncia práticas de discriminação. Medidas incluem uso do nome social e treinamento para funcionários sobre direitos da comunidade LGBTQIA+.
DPU solicita protocolo para alistamento de pessoas trans ao Exército
A Defensoria Pública da União (DPU) pediu que o Exército desenvolva um protocolo para o alistamento de pessoas trans. A recomendação, datada de 7 de maio, foi enviada ao general Tomás Paiva, que tem 15 dias para se manifestar.
O documento é assinado pela defensora nacional de Direitos Humanos, Carolina Castelliano, e outros defensores que fazem parte do Grupo de Trabalho LGBTQIA+ da DPU.
O relatório menciona um homem trans de Maceió (AL) que relatou discriminação durante o alistamento militar. Ele foi submetido a uma avaliação física e forçado a ficar nu na frente de outros homens, apesar de ter alertado sobre sua condição.
A DPU aponta indícios de descumprimento das normas de atendimento respeitoso a pessoas da comunidade LGBTQIA+. Além disso, solicita:
- Registro com nome social desde o primeiro contato;
- Normas específicas para avaliações físicas e de saúde;
- Garantia de privacidade e possibilidade de atendimento individual;
- Escolha do gênero do profissional de saúde.
O órgão também propõe a criação de medidas educativas para funcionários de juntas de serviço militar e um canal de denúncias para violações de direitos humanos, assegurando sigilo e investigação efetiva.