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Defesa critica isolamento de 300 dias de assassino de Marielle

A defesa de Ronnie Lessa denuncia condições extremas de privação em penitenciária e solicita intervenção judicial. Advogados alertam sobre o impacto na saúde mental do ex-policial militar após 300 dias de isolamento.

Defesa de Ronnie Lessa, ex-policial militar condenado pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, informa que ele está isolado há mais de 300 dias na Penitenciária 1 de Tremembé (SP), sem decisão judicial que autorize essa medida.

Segundo os advogados, Lessa não tem contato com outros detentos nem com familiares desde junho de 2024. Ele está restrito ao banho de sol e à leitura, sem acesso a atividades físicas ou laborais.

A defesa relatou piora na alimentação e pediu que um juiz corregedor visite a unidade, destacando que o confinamento estaria afetando a saúde mental do preso.

A transferência para Tremembé foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, apesar do parecer contrário da Secretaria de Administração Penitenciária, que alegou falta de estrutura para monitoramento. Lessa foi encaminhado à unidade superlotada, que abriga presos do crime organizado.

Lessa foi condenado em 2024 a 78 anos e nove meses de prisão e firmou um acordo de delação que determina regime fechado até 2037.

O crime ocorreu na noite de 14 de março, quando Marielle, Anderson e a assessora Fernanda Chaves voltavam de uma agenda no Centro do Rio. O veículo das vítimas foi emparelhado por Lessa e Queiroz, e ambos foram mortos por tiros de submetralhadora.

Seis anos após o crime, o nome de Marielle Franco continua a ser lembrado por militantes e ativistas que buscam respostas sobre os mandantes e a aplicação da pena aos executores.

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