Defesa de Anderson Torres aposta em recuo do ex-comandante do Exército em acareação
A defesa de Anderson Torres acredita que o general Marco Antônio Freire Gomes não conseguirá manter suas acusações durante a acareação marcada para a próxima terça-feira. O ex-comandante do Exército atenuou suas declarações ao STF, o que fortalece a estratégia de Torres em provar a inocência do ex-ministro.
Defesa de Anderson Torres confiante em acareação no STF
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu na ação do golpe no STF, acredita que o general Marco Antônio Freire Gomes irá recuar nas acusações contra ele.
A acareação entre Torres e Freire Gomes está marcada para terça-feira, 24. Este procedimento visa esclarecer versões conflitantes no processo. Freire Gomes acusou Torres de participar de reuniões golpistas, mas o ex-ministro nega.
No dia 17, Freire Gomes pediu que a acareação fosse feita por vídeo, alegando custos excessivos para se deslocar de Fortaleza a Brasília. No entanto, no dia seguinte, decidiu comparecer à Corte.
A defesa aposta que Freire Gomes amenizou sua versão durante seu depoimento ao STF. Em 2024, ele mencionou que Torres dava “suporte jurídico” ao golpe, mas afirmou não ter certeza se a minuta discutida era a mesma encontrada na casa do ex-ministro.
Para contrabalançar, a defesa apresentará uma perícia, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, para comprovar que a minuta encontrada na residência de Torres nada tem a ver com o golpe. O advogado Eumar Novacki declarou: “A perícia vai demonstrar que a minuta do Google é diferente.”
Torres se referiu ao documento como “minuta do Google”, ressaltando que estava disponível na internet antes da apreensão. Moraes ordenou que o Google informe quem publicou o ofício online.
“Não é a minuta do golpe. Isso foi uma fatalidade. Eu nunca trabalhei isso”, afirmou Torres durante o interrogatório.