Defesa de Bolsonaro nega 'ato criminoso' e afirma que vai recorrer da decisão de prisão
Defesa de Jair Bolsonaro contesta a decisão de prisão domiciliar e afirma que não houve descumprimento das medidas. Advogados planejam recorrer da decisão de Alexandre de Moraes, alegando que a mensagem divulgada não configura ato criminoso.
A defesa de Jair Bolsonaro se disse "surpreendida" com a decisão de prisão domiciliar do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e planeja apresentar um recurso.
Os advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser afirmaram que Bolsonaro “não descumpriu qualquer medida” imposta.
Reforçaram que a frase dita por ele, “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, não deve ser interpretada como descumprimento ou ato criminoso.
Moraes entendeu que houve descumprimento das medidas cautelares após a divulgação de uma mensagem para apoiadores em Copacabana, no dia 3 de setembro.
Na ocasião, o filho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), discursou e transmitiu a mensagem do pai. O vídeo foi posteriormente apagado por ele.
Bolsonaro é réu no STF por crimes contra a democracia e desde 18 de julho segue medidas cautelares, incluindo tornozeleira eletrônica e proibição de uso de redes sociais.
Em 24 de julho, Moraes já havia advertido que um novo descumprimento poderia levar à prisão.