Defesa de Bolsonaro pede para adiar depoimentos de testemunhas em ação sobre trama golpista
Defesa de Jair Bolsonaro argumenta falta de acesso a provas e pede adiamento dos depoimentos da ação penal. A primeira oitiva está marcada para segunda-feira, mas a defesa afirma que o download do material é inviável dentro do prazo estipulado.
Defesa de Jair Bolsonaro pede adiamento dos depoimentos na ação penal sobre a trama golpista.
O pedido foi feito ao ministro Alexandre de Moraes do STF e a oitiva de testemunhas está programada para iniciar na segunda-feira (19).
A defesa, representada pelo advogado Celso Vilardi, argumenta que a quantidade de provas é extensa e o download do material é complexo. Foram disponibilizados 40 terabytes de provas em três links pela Polícia Federal.
Segundo a defesa, o download levaria quase 178 horas com uma internet de 500 Mbps, dificultando o acesso necessário antes das audiências, que terminarão em 17 dias.
No primeiro dia, serão ouvidas testemunhas da Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e o governador do DF, Ibaneis Rocha.
Após a acusação, ocorrerão as oitivas de pessoas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, seguidas das testemunhas de defesa.
Ao todo, foram indicadas 82 testemunhas, com previsão de conclusão das oitivas até 2 de junho.
Bolsonaro indicou 15 pessoas, incluindo comandantes das Forças Armadas e senadores.
Essa é a segunda tentativa da defesa de adiar os depoimentos, alegando falta de acesso às provas.