Defesa de Bolsonaro pede para adiar início de interrogatórios em ação sobre tentativa de golpe
Defesa de Jair Bolsonaro solicita adiamento dos interrogatórios na ação da trama golpista, alegando falta de acesso a provas. Ministros do STF já negaram pedidos semelhantes de outros réus, mantendo andamento da instrução processual.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um adiamento no início dos interrogatórios relacionados à ação da trama golpista, agendada para segunda-feira (9).
Os advogados argumentaram que, apesar da determinação de acesso integral a provas pela Polícia Federal (PF) em 30 de abril, ainda não receberam todos os materiais necessários.
A defesa afirmou que não é viável iniciar os interrogatórios sem acesso completo às provas, um direito que deveria ter sido garantido desde a formalização da acusação.
Além disso, pediram a suspensão do processo até que as audiências dos demais réus sejam realizadas, para evitar o cerceamento de defesa.
Nesta quinta-feira (5), Moraes já havia negado pedido similar dos advogados do general Walter Braga Netto, afirmando que o réu deve se defender com base nos fatos a ele imputados.
O ministro destacou que, se as testemunhas de outros núcleos fossem relevantes, deveriam ter sido apresentadas no momento apropriado, lembrando que Braga Netto indicou apenas cinco das 40 testemunhas possíveis.
Bolsonaro e Braga Netto integram o “núcleo crucial” da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também envolve outros seis réus a serem ouvidos a partir da próxima segunda-feira.
O processo foi dividido em cinco grupos, e a instrução dos demais núcleos ainda não começou.