Defesa de ex-ministro Paulo Nogueira acusa PGR de falta de lastro probatório em acusação
Advogado defende ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira e aponta inconsistências na denúncia da PGR. Ele destaca que Nogueira temia ações radicais e não pressionou as Forças Armadas por um golpe.
Advogado de Paulo Sérgio Nogueira defende inocência
Na terça-feira (25), o advogado Andrew Farias afirmou que não há justa causa e lastro probatório contra o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.
Farias mencionou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que revelou que Nogueira fazia parte de um grupo moderado que aconselhava o ex-presidente Jair Bolsonaro. Este grupo temia influências radicais que poderiam levar a “doideiras”.
- Farias questionou a solidez da denúncia ao afirmar: “Tem elementos sólidos ou a narrativa da denúncia colide com a própria delação?”
- Segundo o advogado, Nogueira acreditava que nada poderia ser feito após o resultado das eleições.
Além disso, destacou que Nogueira emitiu uma nota após o relatório das Forças Armadas, que não identificou fraudes nas urnas, mencionando a possibilidade de irregularidades no pleito de 2022.
Farias contestou a acusação de que Nogueira participava de um “gabinete de crise” para a abolição do Estado Democrático de Direito, perguntando: “Como ele fazia parte dessa organização criminosa?”
Por fim, o advogado afirmou que Nogueira nunca pressionou comandantes das Forças Armadas para aderir à trama golpista e caracterizou a reunião de 14 de dezembro de 2022 como uma “ilação” da PGR, ressaltando que os comandantes deveriam saber sobre qualquer “minuta do golpe”.