Defesa de Marcelo Câmara e mais dois pedem adiamento de interrogatórios na ação por tentativa de golpe
Defesas dos réus pedem adiamento dos interrogatórios no STF devido à complexidade dos fatos e falta de acesso a provas. Solicitações incluem prazos mais razoáveis para preparação e acesso a equipamentos para melhor defesa.
Defesas pedem adiamento dos interrogatórios de Marcelo Câmara, Fernando Oliveira e Mário Fernandes, réus na ação penal por tentativa de golpe de Estado.
Os advogados solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os depoimentos, marcados para esta quinta-feira (24), sejam adiados.
Marcelo Câmara pede adiamento de 15 dias, enquanto Oliveira e Fernandes pedem nova data em dia “razoável” ou “posterior” sem especificações.
O ministro Alexandre de Moraes havia agendado os interrogatórios após o fim da oitiva de testemunhas na segunda-feira.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República afirma que o grupo gerenciava ações para manter Jair Bolsonaro no poder em 2022.
As defesas justificam o pedido mencionando:
- Fatos de alta complexidade e grande volume de provas;
- Falta de acesso a vídeos e transcrições dos depoimentos das testemunhas;
- Prazo insuficiente para preparar os réus, diferente do núcleo um.
Caso o adiamento não seja atendido, as defesas solicitam que os advogados possam utilizar computadores e celulares nas unidades prisionais para preparar os réus.
Além dos três réus, serão interrogados também:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro;
- Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal;
- Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.