Defesa de Sérgio Cabral pede ao STF anulação de atos da Lava Jato
A defesa alega que as provas contra Cabral foram obtidas de maneira ilegal e pede a nulidade de sua condenação. Este é o segundo pedido de extensão da decisão que questiona a validade dos atos da Lava Jato.
Defesa de Sérgio Cabral solicita ao STF a extensão da decisão do ministro Dias Toffoli que anulou atos da Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef.
Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, foi condenado em 2017 a 14 anos de prisão por receber propina da empreiteira Andrade Gutierrez.
A defesa argumenta que a condenação se baseou em provas obtidas durante investigações ligadas a Youssef, e a nulidade dos atos compromete a legalidade do processo.
O pedido destaca: “Diante do reconhecimento das ilegalidades praticadas em desfavor de Alberto Youssef, (...) requer seja declarada a nulidade de todos os atos”.
Conforme a denúncia, Cabral recebeu propina para garantir à Andrade Gutierrez um contrato no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Esse é o 2º pedido de extensão feito desde a decisão de Toffoli. O doleiro Carlos Habib Chater também pediu a extensão no dia seguinte à decisão.
Chater, dono do Posto da Torre, foi condenado em 2018 por crimes financeiros e associação criminosa, sendo um dos alvos iniciais da Lava Jato.