Defesa de Torres elogia Moraes por dizer que PGR terá que provar acusações
Advogado de Anderson Torres afirma que defesa irá contestar as acusações e a validade das provas apresentadas pela PGR. Ele ressalta que o ônus da prova cabe ao Ministério Público, enquanto a defesa planeja mostrar falhas na denúncia.
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, teve sua denúncia recebida pelo STF em 26 de março de 2025. Seu advogado, Eumar Novacki, considerou a decisão esperada, mas destacou a importância da postura do relator, Alexandre de Moraes, que reforçou que a PGR precisa comprovar as acusações.
Torres é um dos denunciados por tentativa de golpe de Estado, junto com Jair Bolsonaro e mais seis réus. A defesa planeja contestar a acusação, questionando o enquadramento penal e afirmando que o crime mencionado só foi promulgado após a live da PGR, realizada em julho de 2021.
A defesa também refutará alegações de que Torres participou de reuniões golpistas com ex-comandantes das Forças Armadas, apresentando dados que comprovam a impossibilidade desses encontros no Palácio do Planalto.
Acerca da minuta do golpe encontrada em sua residência, Novacki afirmou que o documento já circulava na internet desde dezembro e não tem valor jurídico. Ele descreveu o documento como “pobre” e “lunático”.
Anderson Torres, que foi ministro de 2021 a 2022 e assumiu a segurança de Brasília em 2023, é acusado de omissão na proteção das sedes dos Três Poderes e de conivência com ações da PRF para impedir eleitores de Lula de votar. Além disso, ele teria participado de tentativas de descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro.
O julgamento abrange apenas o 1º grupo denunciado pela PGR. O Supremo deverá ouvir testemunhas e permitir produção de novas provas antes das alegações finais, que determinarão a manifestação da PGR sobre a absolvição ou condenação dos réus.