Defesa nega relação de Filipe Martins com ‘minuta do golpe’
Defesa de Filipe Martins contesta acusações e pede anulação de delação de Mauro Cid, alegando perseguição política. Advogados ressaltam falta de provas e questionam a imparcialidade dos investigadora no processo.
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, negou relações com a “minuta do golpe” e alegou que sua prisão foi para forçar uma delação sobre fatos inexistentes. Martins é um dos 34 denunciados por tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A denúncia da PGR afirma que Martins participou da elaboração de um decreto para que Bolsonaro permanecesse no poder após a derrota nas urnas em 2022.
A defesa argumenta que não há provas documentais que comprovem a existência da "minuta fantasma". Questionaram também os seis meses de prisão preventiva, afirmando que não havia justificação legal para tal medida.
Os advogados acusam o sistema de justiça de lawfare, uma tática de perseguição política similar à utilizada na defesa de Lula na "Operação Lava-Jato".
Além disso, a defesa pediu a anulação do acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, argumentando que ele foi forçado a fechar o acordo.
Os defensores pediram que a investigação fosse enviada à primeira instância e, se não, que o julgamento ocorresse no plenário, e não na Primeira Turma do STF. Além disso, solicitaram que o ministro Alexandre de Moraes fosse impedido de atuar no caso devido à sua relação pessoal com a investigação.
A defesa também pediu a exclusão de Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento e acusou o procurador-geral Paulo Gonet de mentir, requerendo sua suspeição no processo.