Déficit comercial dos EUA cresce 11% em meio à guerra comercial de Trump
O déficit comercial dos EUA atingiu US$ 96,6 bilhões em maio, impulsionado pela maior queda nas exportações desde o início da pandemia. A recuperação econômica pode ser impactada, com menos contribuição do comércio para o crescimento do PIB no segundo trimestre.
Déficit comercial dos EUA ampliou inesperadamente em maio, com exportações caindo 5,2% e importações estáveis.
O déficit no comércio de bens chegou a US$ 96,6 bilhões, um aumento de 11,1% em relação ao mês anterior, superando a estimativa de US$ 86,1 bilhões.
As exportações totalizaram US$ 179,2 bilhões, influenciadas pela queda nos embarques de petróleo. Já as importações ficaram em US$ 275,8 bilhões, após uma grande queda no mês anterior.
Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram, alcançando o maior nível desde novembro de 2021, com 1,97 milhão de pedidos continuados.
O déficit reforça a ideia de que o comércio pode contribuir menos para o crescimento do PIB no segundo trimestre. O Federal Reserve tinha estimado uma contribuição de mais de dois pontos percentuais.
O relatório sobre o PIB aponta um impacto negativo de 4,66 pontos percentuais por causa do aumento nas importações no primeiro trimestre, resultando em uma queda de 0,5% na economia.
Além disso, os estoques do varejo subiram 0,3%, enquanto os estoques no atacado caíram 0,3%.
Trump utilizou as tarifas para impulsionar a produção doméstica e reduzir déficits comerciais. Em um relatório separado, os pedidos a fábricas subiram 1,7%, refletindo um aumento em pedidos de aeronaves com a Boeing recebendo 303 pedidos em maio.